Há quem diga que o que Portugal tem de melhor é a comida!.. Há quem diga que é o sol num céu limpo azul! Há quem diga que é a música, música essa que já levou o Fado aos quatro cantos do mundo e que arrepia pessoas em todo o planeta! No entanto, nem só de Fado vive a música portuguesa...

Portugal tem hoje grandes cantores e compositores que, num mundo onde a globalização é uma mais-valia no intercâmbio de culturas, tentam mostrar o seu valor, num país que não lhes dá as oportunidades que eles procuram... Muitos deles, tentam a sua sorte em programas de talento televisivos, que pouco mais lhes dão do que 5 minutos de fama.

Contudo, a RTP, que usa o dinheiro dos nossos impostos que nós pagamos como contribuintes, insiste em realizar ano após ano um Festival da Canção em que só participam compositores nacionais convidados pela estação e que, em grande parte, constituem uma fonte de estagnação do próprio concurso, não trazendo nada de novo ao festival e à música portuguesa... Consequentemente, têm sido levadas músicas medíocres/más à Eurovisão, que envergonham e não representam a música portuguesa, fazendo já de Portugal o país com os piores resultados no concurso internacional, sendo o sexto lugar conquistado em 1996 por Lúcia Moniz o melhor até hoje alcançado! Portugal é muito mais do que a RTP tem mostrado! A música portuguesa é muito mais do que a meia dúzia de compositores que a estação teima em colocar em antena!

O Festival da Canção precisa de voltar a ser a referência de qualquer artista em Portugal, tendo de ser a rampa de lançamento e a ponte perfeita entre o país e a Europa através da Eurovisão. Todos os nossos artistas na área da música merecem-no!

Como tal, exigimos à RTP que crie um Festival da Canção aberto a todos os cantores portugueses, em que possam participar todos os compositores que quiserem, criando assim o maior concurso de talentos do país! Afinal, como contribuintes que somos, temos o direito/dever de pedir que os nossos impostos sejam gastos correctamente, contribuindo para o bem estar da classe artística e não de velhas elites musicais.