O modelo pedagógico idealizado pelo governador Tarso Genro destina 25, 50 e 75 por cento dos períodos letivos dos primeiros, segundos e terceiros anos do ensino médio, respectivamente, à "nova disciplina". Em suma, no terceiro ano do ensino médio, ano no qual deveríamos nos preparar para os vestibulares, iremos ter apenas 25 por centro dos períodos letivos divididos entre as mais de 12 matérias do tradicional currículo. Os próprios professores não sabem como será organizada a grade curricular, mas podemos prever que possivelmente as aulas das matérias essenciais como português e matemática acontecerão uma vez a cada duas semanas.

As escolas técnicas obrigam-se a integrar na grade curricular os cursos técnicos que antes eram oferecidos no contra-turno. Das escolas técnicas sairão  alunos formados em um técnico com uma qualidade muito reduzida e um ensino médio ainda pior. Enquanto as escolas de ensino médio normal não possuem nenhum preparo para abranger a politecnia, e não receberam material didático nenhum referente ao Seminário. 

O Seminário Integrado foi imposto exclusivamente para as escolas públicas. Os alunos formados no ensino médio público terão chances muito remotas de conseguirem ingressar nas universidades públicas, lembrando que competirão com os estudantes das escolas privadas que não foram submetidos ao seminário.

Para mais informações sobre como vem acontecendo a metodologia do seminário na prática acesse: Fim do Seminário Integrado.

Estamos praticamente submetidos a um sistema de castas, onde o filho do "trabalhador", que estudou em escola pública, será um mero trabalhador como seu pai, e o filho do "doutor" que estudou em escola privada terá um futuro à altura. Queremos um ensino de qualidade que nos leve ao ensino superior e onde mais nossos sonhos nos permitirem ir. 

Exigimos ao nosso governador Tarso Genro a reforma desse modelo pedagógico que foi imposto de forma quase que ditatorial. 

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